O Laboratório de Estudos sobre Política, Território e Cultura - LEPoLiTC (CNPq/UFCG) é um grupo de pesquisa que resulta de desejo e esforço coletivos, visando conhecer processos territoriais que tenham como causas e desdobramentos questões políticas e culturais que afetem grupos sociais. A abordagem prioriza a perspectiva dos grupos e sujeitos subalternizados.

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A ansiedade pode ser considerada o principal marco do momento atual da humanidade. A onipresença das redes sociais no cotidiano das pessoas individualizando ainda mais os sujeitos e pautando o debate público, tem alçado algumas poucas empresas proprietárias de redes sociais a posições de influência políticos relevante à serviço da extrema direita. Como resultado, a sociedade civil, em especial a juventude “nativa digital”, tem sido impactada profundamente não apenas na construção do viés ideológico fascista e na baixa compreensão do senso comunitário (o que não é pouco), mas também no aumento do adoecimento psíquico seja por ansiedade, depressão entre outras patologias.

A degradação do debate público com a ascensão de personagens que estimulam o ódio, o hiperindividualismo e um progresso social enviesado, faz da discussão política qualificada mais que uma oportunidade, uma necessidade urgente. Compreender os desdobramentos deste debate na produção espacial e na ação docente é uma exigência que nos desafia. À luz da relevante contribuição que Conceição Evaristo trouxe com a noção de escrevivências, entendemos que as territorialidades em permanente produção na realidade social evidenciam a participação política das comunidades, dos grupos sociais, das parcelas das classes mais subalternizadas no processo de descolonização do etos da sociedade brasileira.

O papel da educação é central neste processo político. Não apenas a escola como espaço público e de reprodução social está em disputa, mas principalmente o projeto de sociedade que será enunciado. Vislumbrar a produção das escrevivências e as educações voltadas para a emancipação humana neste processo parece um imperativo se desejamos refletir e agir ante o cenário político do presente.

Entre os dias 26 e 29 de novembro de 2024 esperamos nos encontrar e refletir sobre alguns processos políticos e territoriais em andamento. Convidamos a toda comunidade acadêmica e os movimentos sociais a estarem conosco na 4ª edição do nosso colóquio para dialogarmos sobre formas de escrevivências territoriais, a escrita geográfica subalterna de nós mesmos. Esperamos conhecer e refletir diversas expressões territoriais que ensejam a manutenção de vidas dignas e decentes, cujas vivências resistem simplesmente por existirem.

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Esperamos por todas, todos e todes!